Edital 77/2025

Processo Seletivo Simplificado para Professor Substituto/temporário
Emcm abre processo seletivo simplificado para professor substituto/temporário.
Inscrições:
04/06/2025 à 13/06/2025
Download do Edital:
Emcm abre processo seletivo simplificado para professor substituto/temporário.
Inscrições:
04/06/2025 à 13/06/2025
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A Escola Multicampi de Ciências Médicas do Rio Grande do Norte (EMCM) recebeu, recentemente, a visita técnica dos alunos do curso de Técnico em Informática do Instituto Estadual do Rio Grande do Norte (IERN). O objetivo do encontro foi apresentar aos estudantes a infraestrutura tecnológica da instituição, destacando como os recursos de Tecnologia da Informação são fundamentais para o funcionamento de uma escola médica.
Recepção da Escola –
Foto: Fábio Araújo – EMCM/UFRN
Durante a visita, o Técnico em TI da EMCM, Augusto Araújo, conduziu os alunos por diferentes setores da instituição, iniciando pela estrutura de rede da escola, explicando como está organizada a infraestrutura que sustenta os sistemas e serviços digitais da EMCM. Em seguida, os alunos conheceram o laboratório de informática, que, apesar de ainda não estar completamente mobiliado, já conta com toda a estrutura de rede preparada para receber os equipamentos necessários às atividades acadêmicas e práticas.
Laboratório de Informática –
Foto: Fábio Araújo – EMCM/UFRN
Os estudantes também foram apresentados à sala do Departamento de Tecnologia da Informação, onde os bolsistas atuam em conjunto com o técnico Augusto Araújo no desenvolvimento e manutenção de soluções tecnológicas que facilitam a rotina da comunidade acadêmica. Entre os projetos apresentados, destaca-se o sistema de controle de chaves utilizado pelos recepcionistas, um programa de agenda que exibe os compromissos institucionais nas TVs da escola, e o mais recente, o sistema de controle de frequência dos residentes.
Um dos momentos que mais chamou a atenção dos visitantes foi a demonstração da impressora 3D da EMCM. Muitos alunos demonstraram curiosidade e interesse sobre o funcionamento do equipamento e seus usos práticos. Na ocasião, foram apresentadas algumas peças já finalizadas, fruto de um curso introdutório realizado há alguns meses com a participação do técnico Augusto Araújo e da professora Janine Braz, que compartilharam conhecimentos básicos sobre a tecnologia com alguns alunos da instituição.
Sala de Tecnologia da Informação
– Foto: Fábio Araújo – EMCM/UFRN
A EMCM agradece a visita e reconhece a importância de momentos como este para a formação técnica e profissional dos estudantes. A iniciativa da visita foi fruto do incentivo do Professor Roberto Rocha, ex-bolsista do Departamento de TI da EMCM, que atualmente leciona no IERN, em parceria com os demais docentes da instituição. A escola se orgulha em contribuir com a formação de novos profissionais e em compartilhar suas experiências e práticas tecnológicas com a comunidade externa.
A EMCM informa que estão abertas as inscrições para o Concurso Público de Provas e Títulos destinado ao provimento de cargo de Professor do Magistério Superior, na Classe A, nível Assistente 1.
O concurso visa selecionar profissionais qualificados para integrar o corpo docente da EMCM, contribuindo para o ensino, pesquisa e extensão em suas diversas áreas de atuação. A seleção será realizada por meio de provas e avaliação de títulos, conforme especificado no edital.
Download do Edital:
Enquanto a pandemia de covid-19 devastava o mundo, uma equipe de construção trabalhava silenciosamente para erguer o novo lar da Escola Multicampi de Ciências Médicas (EMCM/UFRN), em Caicó. Agora, esse período histórico e desafiador ganha um tributo permanente: um mural pintado pela artista natalense, radicada em Caicó, Ariell Guerra, localizado na nova sede da escola.
A iniciativa foi do diretor da EMCM, George Dantas, com o objetivo de homenagear todos aqueles que não pararam durante a emergência de saúde global. “A pandemia de Covid-19 nos atravessou de forma profunda — deixou marcas, cicatrizes e um luto que ainda habita muitas de nossas lembranças. Aqui na EMCM, escolhemos não silenciar estas memórias, mas ressignificá-las”, afirma George.
Mural foi pintado em maio – Foto: Cícero Oliveira – Agecom/UFRN
Segundo o diretor, o mural funciona como uma tatuagem impressa no “corpo” da Instituição, para lembrar que esse tempo existiu, transformou e precisa ser narrado e sentido. “Que este espaço não seja apenas de contemplação, mas de memória ativa — uma lembrança permanente de um tempo difícil, das perdas que sofremos, das aprendizagens que conquistamos e da potência da arte como forma de cura e resistência.”
A obra de Ariell Guerra é rica em simbolismo. Desenvolvida a partir dos relatos de quem participou da história da construção da nova sede, o mural retrata figuras marcantes do período pandêmico. A base da pintura representa a ciência, que abre caminhos — e é nela que surge Jaqueline Goes, cientista responsável pelo primeiro sequenciamento genético do novo coronavírus no Brasil. Também ganham destaque os profissionais da saúde, os trabalhadores dos serviços essenciais e os próprios operários da construção civil, cuja atuação permitiu a continuidade dos projetos mesmo diante da crise sanitária.
Para Ariell, a arte é para ser subjetiva, para que cada um assimile de seu jeito – Foto: Cícero Oliveira – Agecom/UFRN
“O coração do mural está nesse movimento circular, onde cada personagem se conecta com o outro. Constroi-se a base, dela a ciência mostra os caminhos. Nesta obra, uma homenagem aos construtores que não pararam, à ciência, representada por Jaqueline Goes, aos trabalhadores dos serviços essenciais, aos profissionais da saúde. E um tributo de quem ficou àqueles que, infelizmente, partiram”, explica Ariell.
No centro da arte, uma figura de cabelos brancos representa os que perderam a vida. A seu lado, uma criança oferece uma flor — símbolo da nova geração e de quem sobreviveu. Em outra ponta do mural, um círculo de pessoas representa a população que permaneceu em casa, com a internet como único elo de comunicação. A primeira turma a se formar no novo prédio também está retratada.
Os personagens retratados por Ariell não têm feições no rosto, permitindo que o observador escolha por si só quem é a pessoa que quer ver no mural – Foto: Adrian Matheus
“A pandemia foi um movimento encadeado de ajuda, de colaboração em que as pessoas que lutavam de frente recebiam ajuda do pessoal que estava em casa”, conta Ariell. Segundo a artista, a obra é um memorial do que foi vivido. “Somos uma sociedade que precisou se reinventar: transformamos costumes, rotinas, o modo de viver. Nos adaptamos com uma consciência maior de que nada é concreto, de que a estabilidade é uma ilusão, e é na instabilidade que nos equilibramos, estamos constantemente entre um movimento e outro, em novos ciclos. E ao longo desse caminho, a ciência sempre será luz”, comenta.
A muralista nasceu em Natal, mas se considera caicoense, cidade onde passou a infância. “Como artista, eu trabalho com sentimento”, afirma. Ao ser convidada por George, aceitou de imediato — o mural é o primeiro que pinta na cidade seridoense. Parte da obra foi realizada com a participação de pessoas ligadas à história da EMCM, que deram pinceladas na parede.
A Escola Multicampi de Ciências Médicas foi fundada em 2014 e, até recentemente, funcionava em outro prédio na cidade. Durante a pandemia, vivenciou momentos marcantes, como a colação de grau das três primeiras turmas e os desafios do ensino remoto. A migração oficial para o novo edifício, próximo ao campus do Centro de Ensino Superior do Seridó (Ceres/UFRN), ocorreu em 2024, após anos de obras em um período de incertezas. Hoje, a arte instalada no novo espaço cumpre o papel de eternizar a memória coletiva de um tempo de dor, superação e solidariedade.
Fonte: Agecom/UFRN; Texto: Paiva Rebouças, Karen Oliveira e Cícero Oliveir; Edição: Paiva Rebouças; Fotografias: Cícero Oliveira.